Formação de Lagos Antrópicos


Devido as intensas atividades de mineração no município de Araguaína (TO), uma novo tipo de corpo hídrico vem surgido nos últimos anos, mais especificamente, os lagos antrópicos que são formados pela ação humana. Com a retirada de material, geralmente areia, argila e solos para aterros, as cavidades em determinadas profundidades atingem o lençol freático enchendo e intulizando a área para a mineração. Inicialmente, as aguas do lençol freático possuem bom qualidade, mas com o passar do tempo tornam-se impróprias devido ao acúmulo de lixo e ao crescimento de algas. Os lagos artificiais estão sendo objetos de estudo pelo Prof. Dr Carlos Augusto, visando entender as possibilidades de utilização e conservação destas áreas.

Trabalho de Campo Biogeografia - GEOPARK Crato _ Ceará

Nos dias 20,21,22 e 23 a turma de Biogegrafia do Curso de Geografia da UFT realizou um trabalho de campo visando ampliar e aprofundar os conhecimentos trabalhados em sala de aula analisando a organização e trasformação do espaço natural no trajeto Araguaína (TO)/Balsas (MA)/Floriano (PI)/Crato (CE). Dentre os objetivos do TC salienta-se os principais: - Analise da produção agrícola de grãos na região de Balsas e eliminação da cobertura vegetal (Cerrados). - Identificação da área de transição dos biomas Cerrado - Caatinga. - Visitação do GEOPARK na cidade do Crato (Ceará) visando entender a diversidade e abubdância dos fósseis (peixes, dinosssauros, aves e árvores). - Análise dos aspectos da cultura local (Projeto Casa Grande e Memorial Padre Cícero). A região do Crato no sertão brasileiro constitui-se num enclave biogeográfico, onde devido ao relevo de chapadas proporciona uma variação de Cerrados, Caatingas e Matas em um espaço reduzido facilitando a análise pelos acadêmicos. O trabalho de campo teve como apoio a Fundação GEOPARK e Universidade Regional do Cariri (URCA) sendo a receptividade e orientação em campo fundamental para o sucesso da empreitada.

Seres Vivos no Espaço: Bactérias Superesistentes Poderiam Viver Fora da Terra

Na história de ficção científica Pictures don’t lie, de 1951, de Katherine MacLean, uma nave alienígena entra em contato com a Terra e pede permissão para pousar. Mas quando os visitantes aterrissam, ninguém os vê, nem eles avistam o comitê de recepção. Na verdade, tanto terráqueos como extraterrestres estavam buscando na escala errada: os visitantes eram microscópicos. Um grupo de pesquisadores brasileiros está descobrindo que essa ideia está mais próxima da realidade do que parece. Eles mostraram que bactérias super-resistentes sobreviveriam a viagens pelo espaço, agarradas a minúsculos fragmentos de poeira.

A conclusão é pioneira na astrobiologia, a área da ciência que nas últimas décadas procura indícios de vida fora da Terra, outros mundos habitáveis e entender as condições essenciais para o surgimento da vida. Um dos projetos mais conhecidos de astrobiologia, o Seti, sigla em inglês para Busca por Inteligência Extraterrestre, comemora este ano o cinquentenário. A diferença é que novas tecnologias agora permitem estender as fronteiras do conhecimento. No Brasil os estudos nessa área devem ganhar fôlego nos próximos meses, com o início da atividade do primeiro laboratório nacional dedicado à astrobiologia. Em fase de instalação em Valinhos, no interior de São Paulo, o novo centro será coordenado por Eduardo Janot-Pacheco e ligado ao Instituto Astronômico e Geofísico da Universidade de São Paulo (IAG-USP).

O astrônomo Douglas Galante, pesquisador do IAG à frente da instalação do laboratório, vem mostrando como a vida pode resistir até mesmo aos fenômenos cósmicos mais extremos, como explosões de supernovas e de raios gama. Seu trabalho, ao lado dos experimentos do biólogo Ivan Paulino Lima durante o doutorado na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), contribui para a ideia de que seres vivos podem viajar pelo espaço. Ambos estudaram a bactéria Deinococcus radiodurans, que se destaca por resistir a doses altíssimas de radiação. A espécie foi descoberta nos anos 1950, no contexto da indústria norte-americana de carne enlatada. Os alimentos eram tratados com radiação para eliminar contaminação por bactérias, mas parecia impossível acabar com elas: a Deinococcus radiodurans resistia à esterilização. “Se formos expostos a raios gama com uma intensidade de quatro Grays, estaremos mortos em um mês”, avalia a biofísica Claudia Lage, da UFRJ, orientadora de Paulino Lima no doutorado, “mas a Deinococcus radiodurans continua se multiplicando mesmo depois de bombardeada com 15.000 Grays”. Na verdade, o material genético da bactéria é pulverizado, mas bastam três horas sem excesso de radiação para que o DNA se recomponha perfeitamente e volte à ativa. Como a fênix da lenda, que renasce das cinzas.

A resistência a altos níveis de radiação, e também ao vácuo, à dessecação e à temperatura, é o que torna essa bactéria ideal para testar a possibilidade de seres vivos fazerem viagens interplanetárias sem a proteção de uma espaçonave. Até agora, estudos internacionais – feitos inclusive pela agência espacial norte-americana (Nasa) – vêm testando a possibilidade de vida no espaço com bactérias que se protegem formando uma carapaça, como se fossem múmias (cistos). A diferença é que a Deinococcus entra em dormência, mas não forma esses cistos, e nos últimos anos Paulino Lima vem submetendo essa bactéria a feixes de luz que simulam a radiação que existe em raios solares no espaço, sem a proteção de uma atmosfera.

Boa parte do trabalho está sendo feita no Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS) em Campinas, no interior de São Paulo. A pesquisa mostrou, segundo resultados publicados em agosto na Planetary and Space Science, que basta a proteção de um grão de poei­ra para que a bactéria sobreviva nas condições do espaço.

A poeira é mais importante do que parece. Ela passa incólume por barreiras físicas sérias para corpos maiores. Quando um meteorito grande penetra a atmosfera, por exemplo, o atrito é tão intenso que aquece a rocha a temperaturas que muitas vezes a pulverizam e são letais para qualquer bactéria. Esse problema não existe com a poeira, cujo tamanho microscópico lhe permite entrar na atmosfera quase sem atrito. E ela é abundante, em parte devido aos cometas que cruzam o espaço com sua cabeleira luminosa. A cauda de um cometa surge quando ele se aproxima do Sol, na verdade é sua superfície assoprada pelos ventos solares. Quando vai embora para os confins do Universo, o cometa deixa para trás essa poeira e fica ligeiramente menor por perder a camada externa. Uma camada valiosa para a vida: os cometas são repletos de aminoácidos, as moléculas orgânicas que compõem as proteínas.

Teoria na prática – “Por volta de 10 mil toneladas de grãos de cometas caem na Terra todos os anos”, afirma Claudia. E os grãos que chegam não são, para ela, os únicos indícios de que a Terra está longe de ser um ambiente fechado sobre si mesmo, aonde nada chega e de onde nada sai. Ventos e tufões suspendem partículas do solo até o alto da atmosfera, periodicamente varrida por ventos solares que carregam essa poeira para outras zonas do espaço. “Estamos contaminando o Universo”, comenta.

Num período de pesquisa no síncrotron Diamond, na Inglaterra, Paulino Lima mostrou também que suas bactérias favoritas resistem a uma explosão simulada de supernova, um fenômeno estelar que libera altas quantidades de raios X. O estudo ganhou ainda mais força com o encontro pouco comum entre astrobiologia experimental e teórica. Na mesma época, Douglas Galante estava mergulhado em cálculos e simulações teóricas para descobrir como a vida reage às doses extremas de raios cósmicos presentes no espaço e em planetas jovens – para com isso entender a origem da vida e a evolução da biodiversidade. Independente do grupo carioca, ele tinha justamente escolhido usar em suas simulações um organismo difícil de matar: a Deinococcus radiodurans. No Diamond, os dois jovens pesquisadores trabalharam juntos e mostraram que os dados teóricos e experimentais se encaixavam com perfeição. Veja Reportagem Completa revista Fapesp: www.resvistapesquisa.fapesp.br

Descoberta de anitgo oceano separando a Amazônia do resto do Continente Sul Americano

De acordo com a reportgem exibida na Revista FAPESP on line, a história cronológica de Gondwana, o antigo supercontinente austral que incluía a maior parte das terras hoje situadas no hemisfério Sul, está sendo reescrita por pesquisadores brasileiros e norte-americanos. De acordo com novas datações de rochas e análises do campo magnético presente em trechos de uma cadeia montanhosa do Brasil Central, o evento final que levou à formação do supercontinente ocorreu 100 milhões de anos mais tarde do que se pensava. O desaparecimento de um oceano, Clymene, que separava a Amazônia dos demais blocos da futura América do Sul, se deu 520 milhões de anos atrás. Veja mais detalhes através do link: http://www.revistapesquisa.fapesp.br/?art=4183&bd=1&pg=1&lg=.

Trabalho de Campo - Serra dos Carájas

A região da Serra dos Carájas no leste do Pará abriga uma das maiores jazidas de minério de ferro do mundo, além de outros minérios impostantes para vários setores da indústria. A jazida enconstra-se em exploração a mais de 20 anos e grande parte do minério é exportado constituindo-se num fonte de riqueza do Brasil, mas sendo privatizada no governo de FHC. Apesar de toda riqueza produzida e inúmeros empregos gerados, o minério é vendido a preços baixos e quando retorna por meio de produtos manufaturados com preços bem acima do foi vendido. O trabalho de campo teve como objetivo entender o processo de exploração e processamento do minério de ferro, bem como sua influência na dinâmica econômica, social e ambiental na região de abrangência da mina.

Livro Grátis para Downloads

A internet oferece uma vasta quantidade de livros e artigos que podem ser baixados gratuitamente.
Clique no link abaixo e faça o download do livro Geodiversidade do Brasil.http://www.cprm.gov.br/publique/media/geodiversidade_brasil.pdf
No site existe inúmeras publicações gratuitas como por exemplo: a Geologia do Território Brasileiro e Fósseis da Bacia do Parnaíba.

Trabalho de Campo Jalapão

Com o intuito de promover o entendimento da realidade da região conhecida como Jalapão, no leste do estado do Tocantins, realizou-se no mês de maio o trabalho de campo ressaltando os aspectos biogeográficos, populacionais e sociais desta área. O nome Jalapão deriva da planta medicinal chamada Jalapa, muito comum na região e também do famoso capim-dourado que adorna o artesanato local. Errôneamente chamado de Deserto do Jalapão, esta área é singular por causa das formações de dunas causadas por agentes geológicos, a saber, o material estremamente fino das areias e o vento e a chuva que atinge totais de até 1.200 mm anuais. A beleza do ambiente com as formação sedimentares como as chapadas e morros testemunhos alia-se aos rios de águas cristalinas que cortam a região. Quem deseja conhecer a região deve estar preparado para os longos trajetos em estradas de terra e pouca infraestrutura de apoio local, mas que é superada pela boa recepção dos moradores locais.

Biogeografia e Hidrografia

As disciplinas de Biogeografia e Hidrografia oferecidas pelo curso de Geografia (UFT) e ministradas pelo Prof. Carlos Augusto Machado trabalham com enfâse na recuperação, conservação e preservação dos biomas brasileiros, em especial, os Cerrados do norte do Tocantins. Várias pesquisas de iniciação científica e trabalhos de conclusão de curso abordam os problemas relativos ao desmatamento, queimadas, redução da biodiversidade e contaminação de ambientes aquáticos são desenvolvidas visando entender as causas e os tipos de interferências nos processos ambientais. Um dos exemplos de pesquisas realizadas é o levantamento do tipo de espécies e o comportamento em ambientes artificiais como os depósitos tecnogênicos muito presentes na área urbana da cidade de Araguaína.