Trabalho de Campo Biogeografia - GEOPARK Crato _ Ceará

Nos dias 20,21,22 e 23 a turma de Biogegrafia do Curso de Geografia da UFT realizou um trabalho de campo visando ampliar e aprofundar os conhecimentos trabalhados em sala de aula analisando a organização e trasformação do espaço natural no trajeto Araguaína (TO)/Balsas (MA)/Floriano (PI)/Crato (CE). Dentre os objetivos do TC salienta-se os principais: - Analise da produção agrícola de grãos na região de Balsas e eliminação da cobertura vegetal (Cerrados). - Identificação da área de transição dos biomas Cerrado - Caatinga. - Visitação do GEOPARK na cidade do Crato (Ceará) visando entender a diversidade e abubdância dos fósseis (peixes, dinosssauros, aves e árvores). - Análise dos aspectos da cultura local (Projeto Casa Grande e Memorial Padre Cícero). A região do Crato no sertão brasileiro constitui-se num enclave biogeográfico, onde devido ao relevo de chapadas proporciona uma variação de Cerrados, Caatingas e Matas em um espaço reduzido facilitando a análise pelos acadêmicos. O trabalho de campo teve como apoio a Fundação GEOPARK e Universidade Regional do Cariri (URCA) sendo a receptividade e orientação em campo fundamental para o sucesso da empreitada.

Seres Vivos no Espaço: Bactérias Superesistentes Poderiam Viver Fora da Terra

Na história de ficção científica Pictures don’t lie, de 1951, de Katherine MacLean, uma nave alienígena entra em contato com a Terra e pede permissão para pousar. Mas quando os visitantes aterrissam, ninguém os vê, nem eles avistam o comitê de recepção. Na verdade, tanto terráqueos como extraterrestres estavam buscando na escala errada: os visitantes eram microscópicos. Um grupo de pesquisadores brasileiros está descobrindo que essa ideia está mais próxima da realidade do que parece. Eles mostraram que bactérias super-resistentes sobreviveriam a viagens pelo espaço, agarradas a minúsculos fragmentos de poeira.

A conclusão é pioneira na astrobiologia, a área da ciência que nas últimas décadas procura indícios de vida fora da Terra, outros mundos habitáveis e entender as condições essenciais para o surgimento da vida. Um dos projetos mais conhecidos de astrobiologia, o Seti, sigla em inglês para Busca por Inteligência Extraterrestre, comemora este ano o cinquentenário. A diferença é que novas tecnologias agora permitem estender as fronteiras do conhecimento. No Brasil os estudos nessa área devem ganhar fôlego nos próximos meses, com o início da atividade do primeiro laboratório nacional dedicado à astrobiologia. Em fase de instalação em Valinhos, no interior de São Paulo, o novo centro será coordenado por Eduardo Janot-Pacheco e ligado ao Instituto Astronômico e Geofísico da Universidade de São Paulo (IAG-USP).

O astrônomo Douglas Galante, pesquisador do IAG à frente da instalação do laboratório, vem mostrando como a vida pode resistir até mesmo aos fenômenos cósmicos mais extremos, como explosões de supernovas e de raios gama. Seu trabalho, ao lado dos experimentos do biólogo Ivan Paulino Lima durante o doutorado na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), contribui para a ideia de que seres vivos podem viajar pelo espaço. Ambos estudaram a bactéria Deinococcus radiodurans, que se destaca por resistir a doses altíssimas de radiação. A espécie foi descoberta nos anos 1950, no contexto da indústria norte-americana de carne enlatada. Os alimentos eram tratados com radiação para eliminar contaminação por bactérias, mas parecia impossível acabar com elas: a Deinococcus radiodurans resistia à esterilização. “Se formos expostos a raios gama com uma intensidade de quatro Grays, estaremos mortos em um mês”, avalia a biofísica Claudia Lage, da UFRJ, orientadora de Paulino Lima no doutorado, “mas a Deinococcus radiodurans continua se multiplicando mesmo depois de bombardeada com 15.000 Grays”. Na verdade, o material genético da bactéria é pulverizado, mas bastam três horas sem excesso de radiação para que o DNA se recomponha perfeitamente e volte à ativa. Como a fênix da lenda, que renasce das cinzas.

A resistência a altos níveis de radiação, e também ao vácuo, à dessecação e à temperatura, é o que torna essa bactéria ideal para testar a possibilidade de seres vivos fazerem viagens interplanetárias sem a proteção de uma espaçonave. Até agora, estudos internacionais – feitos inclusive pela agência espacial norte-americana (Nasa) – vêm testando a possibilidade de vida no espaço com bactérias que se protegem formando uma carapaça, como se fossem múmias (cistos). A diferença é que a Deinococcus entra em dormência, mas não forma esses cistos, e nos últimos anos Paulino Lima vem submetendo essa bactéria a feixes de luz que simulam a radiação que existe em raios solares no espaço, sem a proteção de uma atmosfera.

Boa parte do trabalho está sendo feita no Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS) em Campinas, no interior de São Paulo. A pesquisa mostrou, segundo resultados publicados em agosto na Planetary and Space Science, que basta a proteção de um grão de poei­ra para que a bactéria sobreviva nas condições do espaço.

A poeira é mais importante do que parece. Ela passa incólume por barreiras físicas sérias para corpos maiores. Quando um meteorito grande penetra a atmosfera, por exemplo, o atrito é tão intenso que aquece a rocha a temperaturas que muitas vezes a pulverizam e são letais para qualquer bactéria. Esse problema não existe com a poeira, cujo tamanho microscópico lhe permite entrar na atmosfera quase sem atrito. E ela é abundante, em parte devido aos cometas que cruzam o espaço com sua cabeleira luminosa. A cauda de um cometa surge quando ele se aproxima do Sol, na verdade é sua superfície assoprada pelos ventos solares. Quando vai embora para os confins do Universo, o cometa deixa para trás essa poeira e fica ligeiramente menor por perder a camada externa. Uma camada valiosa para a vida: os cometas são repletos de aminoácidos, as moléculas orgânicas que compõem as proteínas.

Teoria na prática – “Por volta de 10 mil toneladas de grãos de cometas caem na Terra todos os anos”, afirma Claudia. E os grãos que chegam não são, para ela, os únicos indícios de que a Terra está longe de ser um ambiente fechado sobre si mesmo, aonde nada chega e de onde nada sai. Ventos e tufões suspendem partículas do solo até o alto da atmosfera, periodicamente varrida por ventos solares que carregam essa poeira para outras zonas do espaço. “Estamos contaminando o Universo”, comenta.

Num período de pesquisa no síncrotron Diamond, na Inglaterra, Paulino Lima mostrou também que suas bactérias favoritas resistem a uma explosão simulada de supernova, um fenômeno estelar que libera altas quantidades de raios X. O estudo ganhou ainda mais força com o encontro pouco comum entre astrobiologia experimental e teórica. Na mesma época, Douglas Galante estava mergulhado em cálculos e simulações teóricas para descobrir como a vida reage às doses extremas de raios cósmicos presentes no espaço e em planetas jovens – para com isso entender a origem da vida e a evolução da biodiversidade. Independente do grupo carioca, ele tinha justamente escolhido usar em suas simulações um organismo difícil de matar: a Deinococcus radiodurans. No Diamond, os dois jovens pesquisadores trabalharam juntos e mostraram que os dados teóricos e experimentais se encaixavam com perfeição. Veja Reportagem Completa revista Fapesp: www.resvistapesquisa.fapesp.br

Descoberta de anitgo oceano separando a Amazônia do resto do Continente Sul Americano

De acordo com a reportgem exibida na Revista FAPESP on line, a história cronológica de Gondwana, o antigo supercontinente austral que incluía a maior parte das terras hoje situadas no hemisfério Sul, está sendo reescrita por pesquisadores brasileiros e norte-americanos. De acordo com novas datações de rochas e análises do campo magnético presente em trechos de uma cadeia montanhosa do Brasil Central, o evento final que levou à formação do supercontinente ocorreu 100 milhões de anos mais tarde do que se pensava. O desaparecimento de um oceano, Clymene, que separava a Amazônia dos demais blocos da futura América do Sul, se deu 520 milhões de anos atrás. Veja mais detalhes através do link: http://www.revistapesquisa.fapesp.br/?art=4183&bd=1&pg=1&lg=.

Trabalho de Campo - Serra dos Carájas

A região da Serra dos Carájas no leste do Pará abriga uma das maiores jazidas de minério de ferro do mundo, além de outros minérios impostantes para vários setores da indústria. A jazida enconstra-se em exploração a mais de 20 anos e grande parte do minério é exportado constituindo-se num fonte de riqueza do Brasil, mas sendo privatizada no governo de FHC. Apesar de toda riqueza produzida e inúmeros empregos gerados, o minério é vendido a preços baixos e quando retorna por meio de produtos manufaturados com preços bem acima do foi vendido. O trabalho de campo teve como objetivo entender o processo de exploração e processamento do minério de ferro, bem como sua influência na dinâmica econômica, social e ambiental na região de abrangência da mina.

Livro Grátis para Downloads

A internet oferece uma vasta quantidade de livros e artigos que podem ser baixados gratuitamente.
Clique no link abaixo e faça o download do livro Geodiversidade do Brasil.http://www.cprm.gov.br/publique/media/geodiversidade_brasil.pdf
No site existe inúmeras publicações gratuitas como por exemplo: a Geologia do Território Brasileiro e Fósseis da Bacia do Parnaíba.

Trabalho de Campo Jalapão

Com o intuito de promover o entendimento da realidade da região conhecida como Jalapão, no leste do estado do Tocantins, realizou-se no mês de maio o trabalho de campo ressaltando os aspectos biogeográficos, populacionais e sociais desta área. O nome Jalapão deriva da planta medicinal chamada Jalapa, muito comum na região e também do famoso capim-dourado que adorna o artesanato local. Errôneamente chamado de Deserto do Jalapão, esta área é singular por causa das formações de dunas causadas por agentes geológicos, a saber, o material estremamente fino das areias e o vento e a chuva que atinge totais de até 1.200 mm anuais. A beleza do ambiente com as formação sedimentares como as chapadas e morros testemunhos alia-se aos rios de águas cristalinas que cortam a região. Quem deseja conhecer a região deve estar preparado para os longos trajetos em estradas de terra e pouca infraestrutura de apoio local, mas que é superada pela boa recepção dos moradores locais.

Biogeografia e Hidrografia

As disciplinas de Biogeografia e Hidrografia oferecidas pelo curso de Geografia (UFT) e ministradas pelo Prof. Carlos Augusto Machado trabalham com enfâse na recuperação, conservação e preservação dos biomas brasileiros, em especial, os Cerrados do norte do Tocantins. Várias pesquisas de iniciação científica e trabalhos de conclusão de curso abordam os problemas relativos ao desmatamento, queimadas, redução da biodiversidade e contaminação de ambientes aquáticos são desenvolvidas visando entender as causas e os tipos de interferências nos processos ambientais. Um dos exemplos de pesquisas realizadas é o levantamento do tipo de espécies e o comportamento em ambientes artificiais como os depósitos tecnogênicos muito presentes na área urbana da cidade de Araguaína.